Conheça tablets,smartphones e outros eletrônicos que acumularam erros no lançamento e viraram exemplo negativo na indústria
Se tem algo que é inevitável antes do lançamento de certos produtos de determinadas companhias é o hype. Seja pelo visual, pelas funções prometidas, pelo marketing de lançamento ou simplesmente pelo histórico das fabricantes, a ansiedade absurda por determinados produtos surge com força há décadas, mesmo quando certas tecnologias ainda não eram tão acessíveis.
O problema? Em alguns casos, os aparelhos de fato são um sucesso e entram para a história da empresa. Em outros, e pelos mais diversos motivos, o lançamento é um fracasso absoluto, manchando marcas, envergonhando executivos e fazendo muita gente passar raiva. A seguir, você conhece alguns dos produtos que se enquadram nessa segunda categoria.
1) Apple Newton (1993)
Steve Jobs retornou à Apple em 1998 após ter sido expulso pelo conselho de diretores, mas isso você já deve saber. O que pode ser novidade é que uma das primeiras ações dele foi descontinuar um aparelho chamado Newton. Ele era mesmo problemático, isso não há como negar — e no pouco tempo de mercado, ao menos ajudou a criar um segmento de mercado.
O Newton MessagePad foi um dos primeiros assistentes pessoais digitais, ou agendas eletrônicas. Ele reconhecia escritas manuais na tela com o uso de uma caneta especial, o que seria incrível se logo esse recurso não fosse o que mais dava defeito. Cobrar US$ 699 foi considerado um absurdo e, por demorar para sair dos laboratórios para as prateleiras, o aparelho não teve qualquer chance de sucesso.
2) IBM Simon (1994)
Esse é considerado o primeiro smartphone do mundo, existindo antes mesmo de o próprio termo ser criado. O Simon saiu em 1994 com uma tela sensível ao toque de 4,5″ com 160×293 pixels e 1 MB de RAM. Além de celular, ele acumulava funções de assistente digital, cliente de email e muito mais.
A conclusão geral é de que o Simon surgiu na época errada. Ele era pesado, enorme e muito, muito caro, pouco mais de 1 mil dólares. Ele foi descontinuado por conta do fracasso comercial, mas entrou para a História e hoje é até peça de museu.
3) Amazon Fire Phone (2014)
Esse smartphone foi um dos poucos erros da Amazon no mercado — mas que foi tão grande que ela nunca mais tentou. O Fire Phone tinha uma interface em 3D com base no giroscópio e em quatro câmeras frontais, que garantia uma perspectiva única de navegação e efeitos bem interessantes de acordo com o ângulo em que você pegava o celular.
Outro recurso original era o Firefly, que reconhecia objetos pela câmera e relacionava eles com produtos à venda na Amazon. Só que a tela HD de 4,7″, o chip quad-core e os 2 GB de RAM já estavam ultrapassados. Depois de cortes bruscos no preço, ele parou de ser vendido em 2015.
4) Nokia N-Gage (2003)
A Nokia já não era mais a mesma gigante dos feature phones em 2003 e arriscou muito para se recuperar. O N-Gage era uma mistura de portátil para games, celular e MP3 player, só que no fim das contas não fazia nenhuma das três coisas direito.
O design mais horizontal deixava as chamadas telefônicas bem desconfortáveis e a tela era pequena em comparação aos botões. Já a biblioteca de games era bem reduzida e apanhava da concorrência — o máximo eram 60 jogos. A função de tocar músicas não era ruim, mas não chegava nem perto de um certo iPod que já existia havia dois anos. Ah, e ele foi lançado custando 299 dólares, três vezes mais que o grande rival Game Boy Advance. A Nokia foi teimosa, mesmo com as baixas vendas, e tentou lançar uma segunda versão chamada N-Gage QD, mas encerrou a produção de vez em 2010.
5) Google Nexus Q (2012)
A Google acelerou para ter um dispositivo de Internet das Coisas antes do tempo e se deu mal. O Nexus Q era um acessório esférico que seria um rival da Apple TV, mas nem chegou a ser lançado. Ele foi apresentado na Google I/O de 2012 e quem participou do evento levou um para casa.
Quem fez a pré-venda recebeu o produto de graça, e essas foram as únicas unidades distribuídas. Ele era um dispositivo de streaming misturado com centro de mídia, mas tinha pouquíssimas funções. Ele não se conectava a nenhum app externo, tipo Netflix, e só operava com Google Play Música, Google Play Filmes e YouTube. A morte prematura ao menos serviu para a empresa repensar todo o conceito e anos depois lançar o excelente Chromecast.
6) Google Glass (2013)
Os óculos inteligentes Google Glass deixaram claro desde o começo que eles seriam um fracasso ou uma revolução. E, como você não vê ninguém por aí com eles, já dá para imaginar qual foi o resultado. A ideia era que ele fosse uma extensão do seu smartphone, exibindo conteúdos para você em pequenas telas na frente da lente e ao mesmo tempo gravar o seu campo de visão com uma câmera.
Os comandos podiam ser de voz ou usando um pequeno trackpad na lateral da armação. Vários testadores receberam o aparelho e criticaram muito a duração da bateria, sem contar os problemas de privacidade de quem era filmado. No fim das contas, ele nem foi comercializado em massa e rapidamente sumiu. A Google ainda tenta dar sobrevida aos óculos com foco em fábricas, mas já de forma discreta.
7) Microsoft Zune (2006)
O Zune foi a tentativa da Microsoft de entrar no mercado de MP3 players. E muita gente jura que ele era melhor que o iPod em vários aspectos. A interface mais completa e o visual agradaram muitos consumidores, mas não foi o suficiente para garantir a sobrevivência da marca.
Depois de quatro gerações, o Zune foi descontinuado em 2011 e durou mais quatro anos como serviço de streaming. No fim da vida, ele nem chegou perto de arranhar a soberania do iPod e de smartphones que já funcionavam para tocar música.
8) HP TouchPad (2011)
O HP TouchPad é um recordista em um sentido negativo: ele só teve 49 dias de vida. O tablet tinha tudo para estourar especialmente por conta do sistema operacional webOS, feito em parceria com a Palm, mas aí veio um combo de erros da HP. Primeiro, ela demorou seis meses entre o evento de apresentação do produto e o lançamento, o que esfriou o interesse e fez o produto encalhar nas lojas.
Segundo, o webOS foi feito às pressas e o resultado foi algo funcional, mas muito lento. Menos de dois meses depois, o webOS foi descontinuado e as unidades restantes TouchPad entraram em queima de estoque.
Source: Tecmundo