por Caio Carvalho/TecMundo
Nada se compara a gastar várias e várias horas explorando mundos com dezenas de possibilidades e caminhos, mesmo que seja nos jogos de video game. Podem ser histórias de fantasia, pós-apocalípticas, medievais e tantos outros temas que nos prendem do começo ao fim, tanto por seus cenários quanto pelos personagens, o que faz com que cada título seja diferente do outro.
Um game de mundo aberto pode consumir bastante tempo e dedicação, mas a maior recompensa é poder explorar de forma minuciosa cada detalhe dos universos construídos pelas desenvolvedoras. Foi pensando nisso que separamos alguns dos melhores jogos que oferecem essa proposta. Obviamente, cada jogador pode absorvê-los de um jeito diferente, mas listamos alguns títulos essenciais para quem gosta de acumular 60 horas ou mais de gameplay em um mesmo jogo.
1. The Witcher 3: Wild Hunt (PC, PS4, Xbox One)
Para fechar a saga de Geralt de Rivia, a CD Projekt RED entregou um universo épico no terceiro título da série The Witcher. Aqui, não se trata de um aventureiro querendo salvar a todos, mas sim de um homem tentando encontrar sua filha adotiva antes do pior acontecer. É uma abordagem mais intimista, que coloca não apenas o jogador mais próximo de Geralt como também de todo o contexto que o cerca desde o primeiro game da franquia – e da importância dos outros personagens na vida do protagonista.
É por isso que, mesmo apresentando belíssimos cenários com dezenas e dezenas de missões para cumprir, The Witcher 3 é mais sobre a jornada de um homem que tenta a todo o custo evitar o destino que ele mesmo provocou. Portanto, Wild Hunt é a conclusão de todos esses eventos.
2. The Legend of Zelda: Breath of the Wild (Switch, Wii U)
O principal título de lançamento do Switch é também um dos maiores e mais importantes jogos de todos os tempos. Não apenas porque estamos falando de uma das séries mais estabelecidas na indústria dos games, mas também por criar um espectro que todo jogo de mundo aberto deveria seguir: aquele em que o mundo em si é moldado pelas ações do jogador, que faz a própria narrativa. E isso tudo sem abandonar a essência nostálgica de um título produzido pela Nintendo, pois, no final das contas, Breath of the Wild ainda é um The Legend of Zelda.
3. The Elder Scrolls V: Skyrim (PC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One)
A Bethesda se estabeleceu nos jogos de mundo aberto com a série The Elder Scrolls. Morrowind e Oblivion conquistaram uma legião de fãs, mas foi com a província de Skyrim que a produtora consolidou a franquia como uma das maiores do gênero. Não apenas pela complexa história do seu personagem – um prisioneiro sentenciado à morte que, aos poucos, descobre ter o poder de salvar o mundo -, mas pelos gigantescos cenários que o herói tem de visitar para encontrar respostas. Somam-se a isso centenas de missões acompanhadas de uma excelente trilha sonora, que fazem de Skyrim um dos jogos mais marcantes dos consoles e PC.
4. Grand Theft Auto 5 (PC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One)
Quando o assunto é jogo de mundo aberto, a Rockstar sabe como ninguém entregar uma aventura rica em todos os aspectos, desde os ambientes onde as histórias acontecem até a narrativa pessoal de cada personagem. E em GTA V não foi diferente: sob a perspectiva de três rapazes com vidas distintas, o título marcou o fim da geração do Xbox 360 e PlayStation 3 ao entregar uma Los Santos divertida onde é possível cometer as piores barbaridades sem as consequências do mundo real. E mesmo terminando o arco de Michael, Franklin e Trevor, o game abriu uma nova gama de possibilidades com GTA Online, que trouxe o melhor da campanha solo para o multiplayer.
5. Red Dead Redemption (PS3, Xbox 360)
A fórmula de sucesso de GTA, que se passa em cidades inspiradas em grandes metrópoles, funciona muito bem no faroeste. Prova disso é Red Dead Redemption, uma aventura épica ambientada no século 19 que, mesmo tendo um protagonista clichê – John Marston, o típico bandido que busca redenção de seus crimes -, levantou questões importantes sobre como a diferença de classes pode afetar a sociedade como um todo. Marston também foge do herói convencional e não poupa esforços para proteger sua família, mesmo que isso custe o pouco de dignidade que lhe restou.
Obs: a cena em que o personagem chega ao Novo México ao som de “Far Away” é, de longe, uma das melhores cenas já produzidas para um jogo de video game.
6. Dragon Age: Inquisition (PC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One)
O mundo de Thedas entra em colapso quando uma enorme fissura é formada no céu e seres demoníacos começam a aparecer. De alguma forma, seu personagem é responsável por todo aquele caos. Sem entender muito bem como tudo aconteceu, você e mais alguns aliados formam a Inquisição, um grupo de pessoas que têm como objetivo restabelecer a ordem no reino de Thedas. Mas como se trata de um jogo da BioWare, suas escolhas, amizades, relacionamentos e alianças vão pavimentar o caminho até a batalha contra o inimigo maior.
Estes são apenas alguns dos motivos que fazem de Dragon Age: Inquisition uma das aventuras mais épicas de todos os tempos. Com direito a uma grande reviravolta na DLC “Invasor”.
7. Horizon: Zero Dawn (PS4)
O anúncio de Horizon: Zero Dawn foi um misto de animação e dúvidas. Primeiro porque se tratava de uma nova franquia, e segundo porque tirava a Guerrilla Games da zona de conforto após se estabelecer nos jogos de tiro em primeira pessoa com a série Killzone.
Tamanha foi a surpresa quando a aventura protagonizada por Aloy chegou ao PlayStation 4. No início, parecia ser só mais uma história em que as nossas decisões quase causaram a extinção da humanidade.
Mas é no decorrer da trama que as descobertas da personagem – e aqui incluem suas habilidades físicas de caçadora – revelam um universo muito maior e com inúmeras ideias para uma franquia que começou com o pé direito. Não é apenas um game sobre dinossauros gigantes que dominam uma Terra pós-apocalipse; é também a busca de uma jovem por suas origens mais profundas.
8. Metal Gear Solid 5: The Phantom Pain (PC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One)
Quando Hideo Kojima lançou Metal Gear Solid 5: Ground Zeroes, talvez muitos veteranos da franquia tenham estranhado o fato do game se passar em um mundo aberto – até então algo inédito para a série. Na verdade, Ground Zeroes serviu como “experimento” para algo ainda maior: The Phantom Pain, o último trabalho de Kojima na série que ele criou.
O fato de Metal Gear Solid, um jogo que acima de tudo preza pela furtividade, ser ambientado em um mundo aberto, já foi um grande desafio. Mas Kojima o fez com maestria ao desenvolver cenários nada previsíveis, que fazem de The Phantom Pain um dos melhores títulos do gênero.
9. Fallout 4 (PC, PS4, Xbox One)
O cenário é não muda: ainda é um mundo devastado por um evento nuclear que trouxe o apocalipse à Terra. E mesmo não tendo grandes reviravoltas como seus antecessores, Fallout 4 conseguiu entregar uma experiência refinada em um universo moldável de acordo com suas preferências. Na prática, significa que você pode construir prédios, procurar por recursos, entre outras atividades. Além disso, o jogo conta com suporte a mods em todas as plataformas.
10. Ni No Kuni: Wrath of the White Witch (PS3)
Desenvolvido em parceria entre a produtora LEVEL-5 e o estúdio de animação japonesa Ghibli, Ni No Kuni conta a história de um garoto de coração puro chamado Oliver. Após perder a mãe em um acidente de carro, o menino conhece Drippy, o senhor das fadas, que convida o jovem para uma aventura em mundo paralelo. É lá que Oliver descobre que sua mãe ainda está viva, e a partir daí ele embarca em uma jornada para tentar libertá-la de uma entidade maligna conhecida como Shadar.
O game possui dezenas de missões (principais e paralelas), e todas possuem um propósito que se encaixa na busca de Oliver por sua mãe. Por isso, não é um jogo fácil, e no início exige um pouco de paciência para aprender suas mecânicas. Trata-se de um título indispensável para quem gosta de RPGs japoneses e narrativas dignas de um filme da Ghibli.
11. Batman: Arkham City (PC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One, Wii U)
Após os eventos que quase levaram o Homem-Morcego à loucura no Asilo Arkham, um dos maiores heróis da DC Comics precisou enfrentar perigos ainda maiores na cidade de Arkham, que teve sua parte mais pobre transformada em uma prisão que trouxe não apenas o Coringa de volta, mas vários inimigos da galeria de vilões do personagem: Pinguim, Duas-Caras, Solomon Grundy e vários outros.
Batman: Arkham City ampliou o jogo anterior não apenas no tamanho, mas na participação e desenvolvimento de Bruce Wayne na trama. Além, claro, dos personagens secundários, em especial a Mulher-Gato, que ganhou uma tímida, mas justa campanha solo paralela aos eventos principais. O game da Rocksteady Studios também é um grande exemplo de que não se mexe no que não precisa mudar – no caso, é o gameplay.
12. Borderlands 2 (PC, PS3, PS4, PS Vita, Xbox 360, Xbox One)
Borderlands 2 não é exatamente um jogo de mundo 100% aberto, mas mescla grandes espaços que podem ser atravessados a pé ou em veículos, com diferentes tipos de inimigos. O título da Gearbox Software é outro exemplo de que não é preciso alterar as mecânicas de gameplay – um dos trunfos da série – para fazer uma ótima sequência. O que muda são os personagens jogáveis, todos com várias habilidades em subclasses específicas de cada um e que agora precisam lidar com o insano Handsome Jack, o antagonista da trama. É um jogo com muito a se explorar e se torna mais divertido se for jogado cooperativamente em quatro pessoas.
13. Assassin’s Creed 4: Black Flag (PC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One, Wii U)
Nem todo mundo gosta de Assassin’s Creed. Mas para quem jogou o terceiro ou o quarto jogo da série, há o consenso de que os combates marítimos foram a melhor adição em ambos os títulos. Assassin’s Creed 4: Black Flag não só expandiu esse elemento como o colocou dentro de um mundo aberto repleto de cavernas, ilhas paradisíacas, navios destruídos, templos antigos e tesouros escondidos pelos mares do game. Sem dúvida, é uma aventura essencial para todo fã do clã dos assassinos.
14. Just Cause 2 (PC, PS3, Xbox 360)
Nem todo jogo de mundo aberto precisa ter uma história com vários arcos ou muito desenvolvimento. Just Cause 2 é a prova disso, pois dá total liberdade ao jogador para explorar a província de Panau e levar o caos e violência de diferentes maneiras, seja usando armas de fogo, veículos ou equipamentos teleguiados. É uma boa alternativa para quem só quer se aventurar por aí sem estar preso a uma narrativa.
15. Far Cry 3 (PC, PS3, Xbox 360)
Far Cry 3 foi um marco para a série porque, a partir desse título, a franquia criou um balanço entre combate e exploração para um jogo em primeira pessoa – algo que, até então, era raro de encontrar em títulos do gênero. É possível entrar em confronto com gangues, descobrir artefatos, procurar peças para montagem de armas ou praticar caça pelas Ilhas Rook. Foi em Far Cry 3 que também conhecemos Vaas Montenegro, um dos vilões mais icônicos do mundo dos games.
16. Xenoblade Chronicles X (Wii U)
Xenoblade Chronicles X é um dos poucos exclusivos do Wii U que teve sua ambientação centrada em um vasto mundo aberto. Não é uma sequência direta do primeiro Xenoblade Chronicles; trata-se de um sucessor espiritual que mantém alguns elementos, mas, no geral, traz uma história e sistema de combate e progressão inteiramente novos.
Na trama, você e outros três companheiros são alguns dos últimos sobreviventes da humanidade que vão parar no planeta Mira após abandonar a Terra, que se tornou inabitável por estar no fogo cruzado de uma batalha espacial entre duas raças alienígenas. Seu objetivo é ajudar a manter a colônia de New Los Angeles e defendê-las de criaturas nativas, além de explorar a fauna e flora do novo planeta.
17. Watch Dogs 2 (PC, PS4, Xbox One)
Lembra de quando a Ubisoft apresentou o primeiro Watch Dogs na E3, há cinco anos? O jogo criou muita expectativa pela liberdade que o jogador teria na Chicago do game, além dos gráficos. Só que a versão final do título era bem diferente, tanto nos visuais quanto no gameplay. Na prática, aquele jogo que foi mostrado em 2012 só saiu em novembro do ano passado com o lançamento de Watch Dogs 2 – este sim uma verdadeira experiência single-player (com elementos multiplayer) com tudo aquilo que foi prometido para o game original.
Sempre tem mais!
A seleção acima representa apenas uma parcela dos milhares de mundos abertos que temos por aí hoje. A fórmula se torna cada vez mais comum e é amplamente adotada por outros gêneros – vide o de corrida, por exemplo, que está usando o ingrediente faz tempo.
Portanto, compartilhe aqui embaixo, nos comentários, que outros jogos de mundo aberto estão na sua seleção de favoritos. Vida longa ao gênero!
Source: TecMundo